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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Desabafo

Temos que estar agradecendo a Deus por todos os momentos vividos, pois em Sua infinita sabedoria ele conhece todos nossas virtudes e defeitos. E como se diz na cultura popular: “Deus manda o frio conforme o cobertor”.




Agradeço a Deus pela família que tenho, que é minha referência e base, apesar de todos os percalços e muitos mal entendidos que teceram a minha estória. Se não fosse a ajuda comunitária de todos em prol do restabelecimento de saúde de minha mãe, nesse momento eu não teria estrutura psicológica para suportar essa fase. Mesmo não sabendo qual é o combustível que move as pessoas, percebo que minha mãezinha está recebendo a devida atenção.



Em especial, agradeço o reencontro com minha amada irmã, que no momento exato se tornou o elo mais sábio, consciente e justo da minha família. Através de seus olhos eu realmente comecei a enxergar e separar o que é real do que é ilusório. Mesmo com seus problemas de saúde (e pessoais) ainda encontra tempo para cuidar de mim.



Agradeço, também, a graça de poder contar com um homem maravilhoso que está me apoiando nesse etapa dolorosa. Além de compreender a minha necessidade ainda me fornece todo suporte com os serviços domésticos. É muito gratificante saber que posso contar com ele e como se isso fosse possível, meu amor e minha admiração por esse homem crescem mais a cada dia.



Lembro de quando passei sozinha todo o processo doloroso que resultou na partida do meu pai. Sem grana, sem companheiro e com dois filhos mal saídos da infância sonhadora.... Nem sei como fiz para chegar até aqui. Aliás, sei sim, tudo correu conforme a graça de Deus.



Que sempre, sempre, sempre, seja feita a Sua vontade!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tecnologia

Ahn... Não faço parte da 'geração Y', porém tenho enorme facilidade em adaptar-me à tecnologia. Mexo, aprendo e não esquento com a infinidade de utilidade que surge todos os dias... Na verdade essa parafernália toda me seduz. Gosto de um desafio.
O intuito de estar utilizando esse espaço cibernético/tecnológico/interativo é deixar fluir em palavras o que penso. Algumas vezes você, que o lê, notará um tom ácido nas linhas... será meus dias ruins, por assim dizer... Não é o conceituado período de TPM, seria ironia, então, dizer que todos meus dias tem sido de tensão? Não, lógico. Noutras vezes o romantismo que insistiu tanto em se instalar em mim será tão evidente que é bem capaz de enjoa-lo... Enfim, sempre será uma surpresa constatar que eu tive a coragem e a cara-de-pau de publicar o emaranhado de ideias que vive rolando de um lado pro outro na minha cabeça.

Eu gosto de falar que meu verbo preferido é “pensar”. Eu penso sobre tudo a toda hora, meu cérebro trabalha a mil por hora todo dia, a todo instante... quando vejo estou pensando no que vou pensar... Confesso, sou uma viciada em pensamentos. Muitas vezes já enfiei o pé na jaca, feio, por conta da minha imaginação fértil – com o tempo aprendi que tenho uma intuição sagaz a postos, que não me deixa cair em devaneios... Mas quando você me vir quieta pelos cantos e me perguntar no que eu estou pensando, acredite em mim quando eu responder que não pensava em nada especificamente, estou apenas deixando minha imaginação correr solta por aí.

Então, com a tecnologia a meu dispor, deixarei pequenos pedaços de mim nesse lugar.

Você me conhece?
Então provavelmente sabe que eu amo tomar vinho tinto suave. Se deixar eu dou conta de meia garrafa numa boa.

Era uma menina quando percebi que sustentava um fio de tristeza no olhar... Isso nunca me abateu nem me tirou o sono. Melhor, esta percepção me incentivou a dar o melhor de mim, sempre!

Depois de dobrar a esquina dos “enta”, aprendi e compreendi em aulas e leituras de autoconhecimento que essa tristeza é inerente da saudade que temos do tempo em que vivíamos na Perfeição e a consciência de possuir a Centelha Divina e de estar nesse mundo imperfeito nos deixa melancólicos.

Sem ser demasiado depressiva e tampouco autoconfiante o suficiente para deixar esse sinal passar em branco, estou impressionada com a intensidade do desânimo... Imagine a cena: Saí do recesso do meu lar rumo ao supermercado mais perto pra adquirir uma garrafa de vinho tinto afim de afogar as mágoas (minha marca preferida é o Mioranzza, ótima qualidade, médio teor alcoolico, preço certo para meu bolso... Enfim, foi um encontro perfeito: Mioranzza e eu), quando examinei a prateleira com a avidez de quem procura o ser amado no local do encontro – hehehe – nem tanto, qual foi a minha decepção quando constatei que havia apenas garrafas de vinho branco – seco! Quando dei por mim, lágrimas rolavam rosto abaixo...

Será que era para tanto? Me obriguei a engolir a frustração e voltar pra casa... ressentida com minha vidinha mais ou menos que me impede até mesmo de curtir minha fossa em paz.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sobre o meu amor

Eu sempre pensei que é bem melhor se ter certeza de algo do que ter meras suspeitas. Continuo a pensar que assim é melhor para todos, mas em contrapartida sofro com a certeza.


Sei que vai ser assim para sempre e não estou disposta a pagar este preço para viver o paraíso.


“O paraíso é uma questão pessoal – Richard Bach”, e o meu é maravilhoso – me sinto a pessoa mais aventurada, abençoada e feliz do mundo: meu mundo. Mas quando saio dele para viver, o inferno é intenso demais. Se o mundo conspira para te fazer feliz – e faz, as trevas também conspiram para fazer acontecer o pior na sua vida!


Já sangrei tantas vezes por você que penso que agora começo a cicatrizar... Não, isso não é a verdade, mas eu gosto de pensar que é.
Eu tive um pai que também era uma mãe para mim. Um pai que cuidou dos machucados, do braço quebrado, da febre que não passava, e outras mazelas que a filha sempre teimava em arranjar, apesar dos cuidados e conselhos.

Quando precisei do primeiro sutiã – ele pediu para eu ir à loja de um pessoal conhecido e escolher, depois foi lá e pagou... sem falar que quando começara a menstruar ele me orientou e comprou meus absorventes até eu ter meu dinheiro e passar a comprá-los eu mesma. Enfim, fez o que uma mãe faz quando suas filhas precisam.

Um dia, esse pai que para mim é tudo, já idoso e decadente de saúde e disposição tropeçou em seus chinelos e fraturou o fêmur.... que agonia! Meu pequeno gigante prostrado numa mesa de cirurgia... A convalescença não trouxe meu herói de volta, nunca mais. Eu acredito que o desânimo que abateu sobre meu pai foi o responsável por te-lo feito partir.

Restou saudade!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Término

Aprendi que não adianta agir por impulso, o preço a pagar é tão doloroso que a glória de ter vivido o que se quis se dissolve por completo, às vezes caindo no esquecimento.

Se há dúvida, não ultrapasse.... Este slogan de campanha de trânsito vem bem a calhar. Preciso observa-lo mais para não fazer coisas das quais vou me arrepender.

Se por um lado me permito vivenciar sentimentos.... por outro não consigo viver com o peso da consciência me acusando... bem que avisei! Tá certo, eu é que não quis ouvir, agora tudo que tenho é o medo, qual será o preço que vou pagar? E não adianta pensar que já paguei adiantado muitas vezes, nada me consola. Tá feito... e terminado.

segunda-feira, 26 de abril de 2010


É comum pensarmos que a grama do vizinho é mais verde. Faz parte da natureza humana fantasiar, principalmente o ser feminino - por ser extramamente sensível.
Houve uma época em que gostava de ler Lucíola, Senhora, A moreninha e livros de romance... confesso que não gostava do estilo Júlia, Sabrina e afins... nada contra quem lê, eu mesma é que não me interessava. Pois bem, essas mulheres maravilhosas que triunfavam depois de passar por provações terríveis, e a meu ver desumanas, me faziam sonhar que um dia eu conseguiria também.
Recentemente, há coisa de uns 5 anos, eu descobri outro tipo de literatura. Hoje me atraem livros e estórias que me esclarecem sobre culturas diferentes, me mostram um ângulo completamente diferente do que eu via por não ter informação suficiente.
Esse traço marcante ficou ainda mais forte depois de ler A menina que roubava livros, e intensifica ainda mais agora que termino A cidade do sol, do mesmo autor que trouxe Hassan para minha vida, nossa... como me tornei uma pessoa diferente depois de ler O caçador de pipas!
E estou com a ligeira impressão que Mariam e Laila terão um impacto ainda maior.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

COLOCANDO EM LETRAS

Assustei um passarinho que pousou nos raios da antena de TV da casa vizinha só pra ver o seu voo. Uma vez fui trocar a água da gaiola da "Lorena", papagaio de minha mãe, e quase fiquei sem um dedo. Costumo deixar um pratinho com frutas no quintal pra alimentar os pássaros... já pendurei um daqueles bebedouros para beija-flor e era lindo ve-los chegando e se fartando, mas uma veterinária alertou que se não trocarmos a agua do recipiente todos os dias podemos matar as pequenas aves por fungos e bactérias.... desisti.
Já abaixei o volume do som pra ouvir o filho do vizinho brincando de cantar. Tapei os ouvidos com força pra não entender do que meu caçula reclamava tanto. Rolei de rir ao perceber que meu cachorrinho poodle preto meio que ronrona (?) quando a gente dá carinho.
Em uma semana explodia de felicidade e noutra me derretia em lágrimas (nada a ver com bipolaridade, era coisa do coração mesmo).
Vibrei quando passei nos dois vestibulares que concorri, sempre no meio do curso bateu uma vontade de desistir...
Chorei de dó quando terminei de ler "A menina que roubava livros", tinha me apaixonado pela garotinha roubadora... porque a estória tinha que acabar? Dei muitos vexames aos sair do cinema com os olhos vermelhos... e matei de vergonha meu ex-marido e meus filhos por gargalhar tão escandalosamente na sala lotada, adoro comédia. Mas tem que ser daquelas comédias desprentesiosas, onde o personagem parece agir naturalmente não acho graça no humor forçado - por vezes agressivo.
Tremi de dúvidas quando vi meus filhos pela primeira vez, será que eu daria conta do recado? (Sim, eu dei conta... são dois filhos maravilhosos). Chorei junto em todas as vezes que levei pra vacinar. Dei trabalho ao médico que atendia meu primogênito na vez em que ele se engasgou com vômitos. Desabei de cansaço por correr atrás dos traquinas. Sorrio descaradamente quando vejo que chegaram em casa inteiros...
Sonho muito, realizo pouco... A melhor fase é sonhar!