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segunda-feira, 26 de abril de 2010


É comum pensarmos que a grama do vizinho é mais verde. Faz parte da natureza humana fantasiar, principalmente o ser feminino - por ser extramamente sensível.
Houve uma época em que gostava de ler Lucíola, Senhora, A moreninha e livros de romance... confesso que não gostava do estilo Júlia, Sabrina e afins... nada contra quem lê, eu mesma é que não me interessava. Pois bem, essas mulheres maravilhosas que triunfavam depois de passar por provações terríveis, e a meu ver desumanas, me faziam sonhar que um dia eu conseguiria também.
Recentemente, há coisa de uns 5 anos, eu descobri outro tipo de literatura. Hoje me atraem livros e estórias que me esclarecem sobre culturas diferentes, me mostram um ângulo completamente diferente do que eu via por não ter informação suficiente.
Esse traço marcante ficou ainda mais forte depois de ler A menina que roubava livros, e intensifica ainda mais agora que termino A cidade do sol, do mesmo autor que trouxe Hassan para minha vida, nossa... como me tornei uma pessoa diferente depois de ler O caçador de pipas!
E estou com a ligeira impressão que Mariam e Laila terão um impacto ainda maior.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

COLOCANDO EM LETRAS

Assustei um passarinho que pousou nos raios da antena de TV da casa vizinha só pra ver o seu voo. Uma vez fui trocar a água da gaiola da "Lorena", papagaio de minha mãe, e quase fiquei sem um dedo. Costumo deixar um pratinho com frutas no quintal pra alimentar os pássaros... já pendurei um daqueles bebedouros para beija-flor e era lindo ve-los chegando e se fartando, mas uma veterinária alertou que se não trocarmos a agua do recipiente todos os dias podemos matar as pequenas aves por fungos e bactérias.... desisti.
Já abaixei o volume do som pra ouvir o filho do vizinho brincando de cantar. Tapei os ouvidos com força pra não entender do que meu caçula reclamava tanto. Rolei de rir ao perceber que meu cachorrinho poodle preto meio que ronrona (?) quando a gente dá carinho.
Em uma semana explodia de felicidade e noutra me derretia em lágrimas (nada a ver com bipolaridade, era coisa do coração mesmo).
Vibrei quando passei nos dois vestibulares que concorri, sempre no meio do curso bateu uma vontade de desistir...
Chorei de dó quando terminei de ler "A menina que roubava livros", tinha me apaixonado pela garotinha roubadora... porque a estória tinha que acabar? Dei muitos vexames aos sair do cinema com os olhos vermelhos... e matei de vergonha meu ex-marido e meus filhos por gargalhar tão escandalosamente na sala lotada, adoro comédia. Mas tem que ser daquelas comédias desprentesiosas, onde o personagem parece agir naturalmente não acho graça no humor forçado - por vezes agressivo.
Tremi de dúvidas quando vi meus filhos pela primeira vez, será que eu daria conta do recado? (Sim, eu dei conta... são dois filhos maravilhosos). Chorei junto em todas as vezes que levei pra vacinar. Dei trabalho ao médico que atendia meu primogênito na vez em que ele se engasgou com vômitos. Desabei de cansaço por correr atrás dos traquinas. Sorrio descaradamente quando vejo que chegaram em casa inteiros...
Sonho muito, realizo pouco... A melhor fase é sonhar!